Alunos com Síndrome Congênita do Zika Vírus recebem atendimento especial

05 de fev de 2018 - Jornalismo

Primeiro dia de aula: Flávia Checcucci, mãe de Denyelle, conversa com Edvanil Ramos, diretora do Cmei

O primeiro dia de aula da criança sempre é um momento marcante para toda a família. E não foi diferente para Flavia Checcucci, mãe de Denyelle Checcucci, de 2 anos, portadora da Síndrome Congênita do Zika Vírus. Ela estava radiante com a inclusão da filha no Centro Municipal de Educação Infantil Fruto do Amanhã, em Fazenda Grande do Retiro.

“Meu coração está muito apertado, mas com uma enorme expectativa. Esse contato com outras crianças vai ajudar muito no desenvolvimento dela. Todas as mães sonham que seus filhos com a síndrome tenham essa oportunidade de interagir com o mundo”, comemorou Flávia.

A pequena Danyelle Checcucci é uma das 24 crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus inscritas em instituições de ensino da rede municipal nesse ano. Além da inclusão social, uma parceria entre as Secretarias Municipais da Educação (Smed), Saúde (SMS) e Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) garante a assistência e acompanhamento integral dessas crianças.

“Garantimos o acompanhamento das famílias já no pré-natal, que é realizado nas Unidades Básicas com a oferta de consultas e exames diagnósticos. Após o nascimento, continuamos prestando cuidados às crianças com microcefalia através dos Multicentros de Saúde e Centros de Reabilitação contratados pela Prefeitura. Nosso objetivo é garantir a integralidade da assistência para minimizarmos as sequelas da síndrome e, assim, possibilitar o convívio com as demais crianças da idade delas e com as atividades escolares”, esclareceu José Antonio Rodrigues Alves, secretário municipal da Saúde.

Nesses serviços, os usuários são acompanhados por equipes multidisciplinares compostas por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, neuropediatras, nutricionistas, dentre outros.

Fortalecendo a Rede de Saúde de Salvador, o Centro Dia, recém-inaugurado pela atual gestão, também é um ponto de atenção de Assistência Social, atuando no apoio dessas famílias ao promover o acolhimento, orientações de proteção social e estímulo à convivência em grupo e fortalecimento das relações sociais.

Segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, até agosto passado, existiam 251 casos de Síndrome Congênita do Zika Vírus confirmados em Salvador, sendo 23 apenas em 2017.

Educação – A rede municipal de Educação preparou para os primeiros dias de aula uma programação especial de acolhimento das famílias e dos alunos com a síndrome. Pedagogos e técnicos da Smed acompanharão essa fase de adaptação, orientando a família e preparando um plano pedagógico específico para cada criança. A Semps e a SMS também vão trabalhar diretamente com essas famílias em atendimento multidisciplinar.

“Nossa rede se preparou com atenção e cuidado para o recebimento desses alunos, em continuidade e também aperfeiçoando um trabalho de inclusão que já é feito pelo município de Salvador. Nossas escolas estão abertas e aptas para acolher a todos, desde as crianças da educação infantil até idosos que fazem parte das nossas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas etapas de ensino oferecidas pelo sistema de ensino municipal”, conclui Bruno Barral, secretário municipal de Educação.

Texto: Ascom SMS e Smed